CRI e CRA – Rentabilidade com Isenção de IR e Riscos Diferenciados
Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e do Agronegócio (CRA) são títulos de renda fixa que vêm ganhando espaço entre investidores em busca de alta rentabilidade e isenção de Imposto de Renda, sem abrir mão da diversificação. Neste artigo, você vai entender como funcionam esses ativos, suas principais características, riscos e para quem são indicados.
O que são CRI e CRA?
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CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários): títulos lastreados em créditos do setor imobiliário, como financiamentos de imóveis, aluguéis e vendas parceladas.
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CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio): títulos lastreados em dívidas do setor agropecuário, como exportações, armazenagem ou produção agrícola financiada.
Ambos são emitidos por companhias securitizadoras, que reúnem esses créditos e os transformam em papéis negociáveis no mercado financeiro.
Como Funciona?
Imagine que uma construtora vende vários imóveis financiados. Ela pode “vender” esses créditos a uma securitizadora, que agrupa os pagamentos futuros e emite um CRI para captar dinheiro de investidores. O processo é semelhante no caso do CRA, mas voltado para operações do agronegócio.
Esses títulos são vendidos no mercado e os investidores recebem pagamentos (juros + amortizações) com base nos recebíveis.
Rentabilidade
CRI e CRA podem ter três formas principais de remuneração:
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Prefixada: taxa fixa acordada na compra (ex: 12% ao ano).
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Pós-fixada: geralmente atrelada ao CDI.
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Híbrida: inflação (IPCA) + taxa fixa (ex: IPCA + 6%).
Isenção de Imposto de Renda
Assim como as LCIs e LCAs, os CRIs e CRAs são isentos de IR para pessoas físicas, o que aumenta significativamente sua rentabilidade líquida.
Vantagens dos CRI e CRA
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Isenção de IR para pessoa física.
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Alta rentabilidade (frequentemente superior a outros títulos).
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Diversificação setorial (imobiliário e agro).
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Boa alternativa para investimentos de longo prazo.
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Alguns títulos oferecem pagamentos semestrais.
Desvantagens e Riscos
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Sem proteção do FGC.
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Baixa liquidez: geralmente não permitem resgate antes do vencimento.
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Complexidade dos contratos: requer atenção ao emissor e à operação.
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Risco de crédito da operação: depende da qualidade dos recebíveis.
Riscos Detalhados
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Risco de crédito: atraso ou inadimplência dos pagadores dos créditos.
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Risco de mercado: oscilações no preço de mercado em caso de venda antecipada.
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Risco de estruturação: documentos e garantias podem ser complexos.
Por isso, é essencial analisar:
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A nota de crédito do emissor.
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A origem dos recebíveis.
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A presença de garantias (hipoteca, alienação fiduciária, etc.).
Para Quem CRI e CRA São Indicados?
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Investidores experientes ou com acompanhamento profissional.
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Quem busca alta rentabilidade isenta de IR.
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Pessoas com perfil moderado a arrojado.
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Investidores de longo prazo, com baixa necessidade de liquidez.
Comparativo Prático
Título | IR | Garantia do FGC | Liquidez | Rentabilidade | Indicação |
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CRI | Isento | Não | Baixa | Alta | Médio/longo prazo |
CRA | Isento | Não | Baixa | Alta | Médio/longo prazo |
Conclusão
CRI e CRA são investimentos interessantes para quem busca maior rentabilidade e isenção de impostos, mas exigem maior atenção aos riscos envolvidos. Eles são indicados para investidores mais experientes ou que tenham orientação especializada, já que envolvem operações mais complexas e não contam com a proteção do FGC.
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